EEG - ELETROENCEFALOGRAMA DIGITAL

O que é o eletroencefalograma?

Eletroencefalograma (EEG) ou eletroencefalografia é um exame que permite o estudo do registro gráfico das correntes elétricas espontâneas emitidas no cérebro, através de eletrodos aplicados no couro cabeludo, na superfície encefálica ou até mesmo dentro da substância encefálica.

Atualmente, o teste conquistou um lugar proeminente no diagnóstico de vários problemas cerebrais e contribui com outras técnicas terapêuticas. Isso tornou possível, inclusive, o eletroencefalograma com mapeamento cerebral colorido, que viabiliza o estudo detalhado dos estímulos elétricos gerados pelo cérebro.

Como o paciente deve se preparar para o exame de eletroencefalograma? Como o paciente deve se preparar para o exame de eletroencefalograma? De forma geral, não há restrição alimentar para a realização do EEG. Mas, dependendo da modalidade do exame, pode ser necessário dormir durante o procedimento. Nesses casos, o paciente deve evitar a ingestão de substâncias estimulantes, como a cafeína. A seguir, confira outras recomendações comuns: Lavar bem os cabelos usando um sabonete neutro (como sabão de coco), mas com tempo suficiente para que estejam secos ao início do procedimento Não utilizar nenhum cosmético no cabelo (laquê, gel, condicionador, cremes, óleos, tinturas). Esses produtos dificultam a aderência dos eletrodos ao couro cabeludo Não é necessário suspender os medicamentos de uso contínuo, mas eles devem ser informados ao médico Para fazer o EEG em sono, pacientes devem dormir no máximo 3 horas na noite anterior ao exame. Bebês podem ser alimentados durante a colocação dos eletrodos, para facilitar a indução do sono Crianças ou pessoas com dificuldade para dormir podem ter o sono induzido na clínica ou hospital, através de sedativo leve.

Como se realiza o exame?
O eletroencefalograma é simples, indolor, não invasivo e pode ser feito em qualquer idade. Ao comparecer à unidade de saúde, o paciente é orientado a retirar brincos, bijuterias e outros objetos de metal antes de entrar na sala de exames. Em seguida, deve se sentar ou deitar na maca, numa posição confortável. O médico ou técnico responsável por conduzir o EEG divide o cabelo em mechas e marca os locais em que os eletrodos serão colocados. Com a ajuda de um gel condutor de eletricidade, os eletrodos são posicionados e fixados de acordo com o pedido médico.

Então, o aparelho de EEG (chamado eletroencefalógrafo) é ligado, iniciando a amplificação dos sinais elétricos do cérebro para que sejam detectados pelo equipamento. Durante o teste, pode ser necessário que o paciente realize algumas ações, como respirar rapidamente ou olhar para uma luz pulsante, a fim de estimular respostas das células nervosas cerebrais – os neurônios. Os eletrodos captam os sinais e os enviam a um monitor, que os converte em gráficos de linha. Se a eletroencefalografia for analógica, os gráficos são impressos em papel. Já no exame digital, são transformados em pixels para formar imagens visíveis no computador. No final do teste, os eletrodos são retirados e o paciente, liberado. ​Fases do exame ​e tempo de duração​ ​Fases do exame ​e tempo de duração​ ​Fases do exame ​e tempo de duração​ O EEG pode durar de 20 minutos a algumas horas, conforme a indicação clínica e fases realizadas. Quando só há necessidade do registro com o paciente acordado, o eletroencefalograma é mais curto, sendo concluído em cerca de meia hora. Já o teste que inclui registros durante o sono precisa de um período maior, pois compreende três fases distintas: com o paciente em vigília (acordado), durante a sonolência e dormindo. Essa modalidade de eletroencefalograma permite um estudo mais completo dos impulsos elétricos emitidos pelo cérebro, que sofrem variações de acordo com o estado, idade, estímulos e condições de saúde do paciente. As variações formam as chamadas ondas mentais, que estão relacionadas a diferentes atividades dos neurônios.

Quais os tipos de eletroencefalograma que existem?
O exame pode ter finalidade clínica ou ocupacional – caso faça parte do PCMSO de trabalhadores que desenvolvem atividades de risco, como alpinistas industriais e motoristas profissionais. Normalmente, o teste ocupacional é mais simples e rápido, avaliando o paciente em vigília para prevenir agravos à saúde. O exame com fins clínicos, por outro lado, pode servir para diagnosticar, indicar ou avaliar tratamentos para distúrbios da consciência ou neurológicos, como a epilepsia. Na prática, temos 3 tipos de exames de eletroencefalograma: Eletroencefalograma clínico para rastreio de doenças Eletroencefalograma ocupacional Eletroencefalograma com mapeamento cerebral. Geralmente, o teste começa com o paciente acordado, sentado em uma poltrona confortável ou deitado, com os olhos parcialmente fechados e em um ambiente de penumbra. Será solicitado a ele que fique imóvel, relaxe o máximo que consiga e, se possível, até durma. Em algum momento durante o exame, o paciente será orientado a respirar aceleradamente, para que se obtenha um gráfico em hiperventilação, que pode potencializar algumas alterações importantes. O eletroencefalograma também poderá ser potencializado pelo sono ou por fotoestimulação. O sono pode ser obtido de modo espontâneo, mediante uma privação prévia ou ser induzido por uma sedação medicamentosa leve. No caso de fotoestimulação, são colocadas luzes extremamente brilhantes para piscar na frente do paciente, em diferentes velocidades, por um aparelho chamado estroboscópio. Um amplificador de potenciais ajuda a elaborar um gráfico das ondulações cerebrais, analógico ou digital, dependendo do equipamento. A partir da comparação a padrões de normalidade, o médico especialista é capaz de medir as alterações existentes e fazer as correlações necessárias com dados clínicos do paciente, levando a um diagnóstico.

Para que realizar um eletroencefalograma? Geralmente, o exame é pedido quando há suspeita de epilepsia ou em casos em que a doença já é conhecida, para diagnosticar o seu tipo. Pode-se, ainda, solicitar o EEG para avaliação de: Coma Morte encefálica Intoxicações Encefalites diversas Síndromes demenciais Crises não epilépticas devido a distúrbios metabólicos Tumores cerebrais. Em alguns casos, o neurologista pode observar descargas de ondas anormais em forma de pontas, por exemplo (picos de onda), complexos ponta-ondas ou atividades lentas focais ou generalizadas de diferentes significados. As técnicas mais avançadas de eletroencefalograma quantitativo (com mapeamento cerebral) permitem determinar, também, a localização precisa de tumores cerebrais e de doenças focais do cérebro, como a epilepsia, alterações vasculares e derrames. Quais são as complicações que podem ocorrer durante o exame? Em geral, não ocorrem complicações durante o eletroencefalograma. Contudo, pacientes epilépticos podem, raramente, sofrer crises ao longo do exame, principalmente quando é feita fotoestimulação. Se as convulsões ocorrem, elas servem como indicação diagnóstica e o paciente receberá assistência de uma equipe de saúde prontamente.

Quais cuidados o paciente deve ter pós-exame?
Depois que os eletrodos são retirados, é comum que um pouco do gel condutor de eletricidade permaneça no couro cabeludo do paciente. Para retirar essas sobras, basta lavar o cabelo normalmente. Caso tenha recebido sedação, o paciente não deverá ir para casa sozinho, e sim junto a um acompanhante.